Memória fragmentária. Escrita fragmentária: sobre Nadine Werner

Wolfgang Fritz Bock

Resumo


A relação de Walter Benjamin com a psicanálise não é simples. Ele discute, de fato, em seu ensaio tardio Sobre alguns temas em Baudelaire, de 1939/40, a construção freudiana de Além do Princípio de Prazer e Uma nota sobre o bloco mágico, na qual  ocorreria ou uma recordação ou uma conscientização; a ocorrência de ambas simultaneamente, porém, não seria possível. Benjamin, no entanto, estende no conjunto este processo ao Eu como instância sintetizante, onde Freud fala sobre consciência apenas no contexto do córtex cerebral como proteção aos estímulos; o que ocorre, por outro lado, com os impulsos do interior, não foi considerado. Aí tornou-se claro um modo de leitura que refere-se a Freud, mas cujos conceitos foram – para dizer amigavelmente – extraviados de seu contexto. A comprovação das leituras iniciais de Freud por Benjamin se constrói ainda mais dificilmente. Por um lado, encontram-se cinco títulos em sua Lista de textos lidos (Verzeichnis gelesener Schriften); por outro lado, a primeira parte da lista está desaparecida – ela se insere nos anos de 1916/17 apenas com o número 461.

Palavras-chave


Walter Benjamin; infância; Sigmund Freud; psicanálise

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Referências


WERNER, Nadine. Archäologie des Erinnerns. Sigmund Freud in Walter Benjamins Berliner Kindheit. Göttingen: Wallstein, 2015.




DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2179-8478.1.10.112-114

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Cadernos Benjaminianos
ISSN 2179-8478 (eletrônica)

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