New forms for our new sensations: a convergência de novos sons e imagens na modernidade e o seu reflexo na literatura de Virginia Woolf
Resumo
“New forms for our new sensations”, foi o que declarou a escritora inglesa Virginia Woolf em um de seus primeiros ensaios, Hours in a Library, escrito para jornal Times Literary Supplement, em 1916. Nesse texto, a autora discorre sobre a necessidade de a literatura criar novas formas e técnicas para expressar as experiências audiovisuais singulares que contaminaram as cidades na primeira metade do século XX. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo refletir sobre como essas alterações na matéria do pensamento e da experiência acabaram reverberando na ficção de fluxo de consciência, mais especificamente na literatura woolfiana. Para evidenciar essa relação, nos apoiamos em teóricos que tratam da transformação na estrutura da experiência do homem como sendo um reflexo das mudanças no cotidiano provocadas pela modernidade, como Walter Benjamin, George Simmel e Marshall Berman.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
BANFIELD, Ann. Mrs. Dalloway in A cultura do Romance. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
BENJAMIN, Walter. O Narrador. In: ______. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: ______. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. In: ______. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BENJAMIN, Walter. Sobre alguns temas em Baudelaire. In: ______. A modernidade e os modernos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2000.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
NATHAN, Monique. Virginia Woolf. Lisboa: Editora José Olympio, 1989.
NATHAN, Monique. O ouvido pensante. São Paulo: Editora Unesp, 1991.
SIMMEL, Georg. A metrópole e a vida mental. In: ______. O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
WOOD, James. Como funciona a ficção. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
WOOLF, Virginia. Hours in Library in Virginia Woolf on Fiction. London: Hesperus Press, 2011.
WOOLF, Virginia. Mrs. Dalloway. Tradução de Tomaz Tadeu, Belo Horizonte: Autêntica, 2012
WOOLF, Virginia. Mrs. Dalloway. London: Martino Publishing, 2012.
WOOLF, Virginia. Modern Fiction. In: ______. The Common Reader. Austrália: University of Adelaide, 1919. Disponível em: http://ebooks.adelaide.edu.au/w/woolf/virginia/w91c/chapter13.html#chapter13. Acesso em: 5 ago. 2014.
WOOLF, Virginia. Mr. Bennett and Mrs. Brown. London: The Hogarth Press, 1924.
DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2179-8478.1.8.2-16
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Cadernos Benjaminianos
ISSN 2179-8478 (eletrônica)
Licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.