A estética primeva na obra de Giuseppe Penone

Marina Andrade Câmara Dayrell

Resumo


Busca-se no presente artigo, por meio dos conceitos bejaminianos de estética e política – principalmente em seus desenvolvimentos em Jaques Rancière e Susan Buck-Morss –, aparatos teóricos capazes de problematizar os procedimentos escultóricos trabalhados por Giuseppe Penone em um amplo apanhado de suas obras. Partindo do contexto italiano em que surge a Arte Povera, grupo do qual Penone fazia parte no início de seu percurso artístico, ponderamos em que sentido o escultor italiano se identifica com as demais produções do grupo para apontarmos aquelas noções privilegiadas por seu trabalho. Delineando os conceitos norteadores de sua produção, verificamos a pertinência de voltar-nos à etimologia da palavra estética, explorada por Walter Benjamin e seus estudiosos, a fim de compreender as implicações políticas da obra de Penone.


Palavras-chave


Giuseppe Penone. Estética. Política.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2179-8478.0.9.65-79

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