A nação na ponta da meia-língua: ausência, silêncio e morte em A menina morta

Maria Ângela de Araújo Resende

Resumo


A partir da leitura da obra A menina morta, de Cornélio Penna,publicada em 1954, pretende-se discutir as tentativas de representar anação pela via do feminino. Considerando-se a voz, elemento essencialpara a efetivação das narrativas da nação, a “meia-língua”, configuradana obra, evoca as vozes despossuídas das personagens femininas: asescravas, a governanta alemã, as parentas agregadas, o fantasma damenina morta e Carlota, a filha recém-chegada da corte, que dariacontinuidade a um projeto fundador. Na contra-mão da convivênciapacífica entre casa-grande e senzala, pontuada por Gilberto Freyre, Amenina morta representa um tipo de narrativa que pode indicar ainviabilidade de um projeto fundador.

Palavras-chave


Nação; Fundação; Memória; Voz; Língua.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2358-9787.11.0.159-166

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O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira
ISSN 0102-4809 (impressa) / ISSN  2358-9787 (eletrônica)

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