Januário: Jano ou homo sacer

Josalba Fabiana dos Santos

Resumo


A partir do episódio da morte em efígie da personagem Januário, de Os sinos da agonia (1974), romance de Autran Dourado ambientado nas Minas Gerais do século XVIII, o presente trabalho discute aspectos relacionados ao duplo, adotando principalmente as perspectivas de Clément Rosset e de Gilles Deleuze. Problematizando a aproximação mais ou menos evidente entre o rapaz e o deus Jano da mitologia romana, este texto apresenta Januário como um homo sacer, no sentido que Giorgio Agamben dá a essa expressão em livro homônimo. O homo sacer é uma pessoa insacrificável e matável. Sendo assim, torna-se possível afirmar que Januário morre em efígie porque ele é abandonado pela sociedade e a sociedade o abandona para poder matá-lo.

Palavras-chave


Os sinos da agonia; Duplo; Homo sacer

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2358-9787.23.2.101-118

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O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira
ISSN 0102-4809 (impressa) / ISSN  2358-9787 (eletrônica)

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