La voz dormida: o despertar de histórias silenciadas durante o franquismo
Resumo
Ambientada no período do pós-Guerra Civil Espanhola (1939-1975), La voz dormida (2002), de Dulce Chacón, é uma obra baseada em fatos reais, cuja narrativa se propõe a resgatar do mundo da obscuridade as histórias de vítimas das barbáries cometidas no período franquista. Através do relato das experiências, anseios e angústias das quatro personagens fictícias do romance – Hortensia, Reme, Tomasa e Elvira –, todas reclusas da Prisão de Ventas, a autora reúne e relata detalhes verídicos das vidas de mulheres que experimentaram o terrorismo de Estado cometido durante o governo de Francisco Franco, no pós-Guerra Civil Espanhola. A fim de realizar uma investigação crítica acerca das polêmicas e problematizações que envolvem a Guerra (1936-1939) e o franquismo, a análise deste trabalho pautou-se principalmente nas reflexões de Walter Benjamin, Paloma Aguilar Fernández, Roland Barthes e Mary Nash. Assim, a partir da análise do romance histórico La voz dormida, esta pesquisa objetiva investigar os papéis da memória e da ficção, desde a perspectiva de gênero, no resgate de histórias silenciadas durante o primeiro franquismo (1939-1945), bem como visa refletir sobre a complexidade que envolve o uso e a retórica da imagem neste contexto histórico-ficcional.
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2317-4242.5.0.252-269
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