Revendo o indianismo brasileiro: A lágrima de um Caeté, de Nísia Floresta

Constância Lima Duarte

Resumo


Entre os diversos livros que Nísia Floresta (1810-1885) publicou, um se destaca por se inserir de forma especial no contexto romântico indianista brasileiro. Trata-se do poema A lágrima de um Caeté, publicado no Rio de Janeiro em 1849, que obteve ampla repercussão em seu tempo, por conciliar dois dramas: o do índio brasileiro espoliado pelo colonizador, e o dos liberais, que acabavam de sofrer mais uma derrota na Revolução Praieira, em Pernambuco. O poema se inscreve de forma tão original entre os escritos indianistas do período, que nos permite, inclusive, considerá-lo um legítimo representante do indigenismo precursor de nossas letras.

Nísia Floresta (1810/1885) has published, among many other books, one that outstands, because it fits, in a special way, within the Brazilian Indian romantic context. It is the poem named “A Lágrima do Caeté” (A Tear from a Caeté), issued in Rio de Janeiro, 1849. It caused as enormous impression at its time. It united two dramas: the Brazilian Indian, plundered by the colonizer and the liberals, who had just been defeated again in the “Revolução Praieira” (State of Pernambuco). That poem is presented in such an original manner, among others written pieces concerning the so-called Indian Literature of the period, that allows us to consider it as a genuine representative of the former themes inspired by Brazilian Indians life.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2359-0076.19.25.153-177

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Direitos autorais 1999 Constância Lima Duarte

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ISSN 1676-515X (impressa) / ISSN 2359-0076 (eletrônica)

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