Da lingüística à literatura: a segunda pessoa em Michaëlis de Vasconcelos e em Nemésio

Manuela Cook

Resumo


No estudo de formas de tratamento, impôem-se dois aspectos distintos que, não obstante, se entrelaçam no acto de comunicação: o significado de teor social e o mecanismo morfo-sintáctico que lhe serve de veículo lingüístico. A língua portuguesa goza de uma rica gama de opções, em parte devido à existência de dois sistemas para a segunda pessoa: um recebido directamente do latim, e outro de estabelecimento mais tardio. Este último é hoje o sistema dominante. No entanto, as formas antigas ainda exercem um certo fascínio. Elas são usadas para casos especiais, os quais incluem a expressão de relacionamento de intimidade.Apresente discussão baseia-se num conjunto de versos quinhentistas e mais antigos, analisados pela filóloga Carolina Michaëlis de Vasconcelos, e numa célebre composição poética que foi escrita por Vitorino Nemésio na segunda metade do século vinte.

 

The study of forms of addrcss requires a rwo-fold approach. In question are two distinct facets which, however, become intertwined in the act of communication: the social production of meaning and the morphosyntactic mechanism through which it is constructed. The Portuguese language enjoys a rich range of options, partly due to its two systems for the second person: one received directly from Latin and a subsequent system. Today the latter is the dominant one. Nevertheless, the old forms still exert a certain fascination. They are used for special cases, which include the conveying of intimacy. This discussion is based on a set of poetic lines dating back to the sixteenth century and earlier, which were analysed by philologist Carolina Michaélis de Vasconcelos, and on a celcbrated põem written by Vitorino Nemésio in the second half of the rwentieth century.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2359-0076.21.28-29.49-62

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Revista do Centro de Estudos Portugueses
ISSN 1676-515X (impressa) / ISSN 2359-0076 (eletrônica)

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