Proposta de rede de pontos para o Atlas linguístico topodinâmico e topoestático do estado do Tocantins (ALiTTETO): implicações metodológicas

Greize Alves da Silva, Vanderci Andrade Aguilera

Abstract


Resumo: Neste trabalho, discutiremos as implicações metodológicas para a fixação da rede de pontos para aqueles que se propõem a fazer um atlas linguístico no Brasil. Com essa finalidade, apresentamos as diretrizes utilizadas pelos dialetólogos e geolinguistas latino-americanos, sobretudo em relação à quantidade de localidades a ser inquiridas e quanto aos aspectos que deverão nortear os pesquisadores nesta seleção. Sob esse ponto de vista, discutiremos a rede de pontos dos atlas linguísticos publicados e em andamento no Brasil. Em termos metodológicos, sob uma perspectiva pluridimensional, apresentamos as diretrizes adotadas para a rede escolhida do Atlas linguístico topodinâmico e topoestático do estado do Tocantins, composta por 10 localidades       

Palavras-chave: atlas linguístico; Dialetologia pluridimensional; Geolinguística.

Abstract: In this paper, we will discuss the methodological implications for the establishment of the network of points for those who intend to make a linguistic atlas in Brazil. To this end, we present the guidelines used by Latin American dialectologists and geolinguists, especially regarding the number of locations to be surveyed and the aspects that should guide the researchers in this selection. From this point of view, we will discuss the network of points of the linguistic atlases published and in progress in Brazil. In methodological terms, under a multi-dimensional perspective, we present the guidelines adopted for the chosen network of the Topodynamic and topostatic linguistic atlas of the state of Tocantins composed of 10 locations.

Keywords: Linguistic Atlas; Multi-Dimensional Dialectology; Geolinguistics.


Keywords


Linguistic Atlas; Multi-Dimensional Dialectology; Geolinguistics.

References


AGUILERA, V. A. Atlas linguístico do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado do Paraná, 1994.

AGUILERA, V. A. Atlas linguístico do Paraná: veredas. In: AGUILERA, V. A. (Org.). A geolinguística no Brasil: caminhos e perspectivas. Londrina: UEL, 1998. p. 99-133.

AGUILERA, V. A. Coleta de dados Projeto ALIB: São Paulo [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por greize_silva@yahoo.com.br em 20 jun. 2007.

ARAGÃO, M. S. Atlas linguístico da Paraíba. In: AGUILERA, V. A. (Org.). A geolinguística no Brasil: caminhos e perspectivas. Londrina: UEL, 1998. p. 55-78.

ARAGÃO, M. S.; MENEZES, C. Atlas lingüístico da Paraíba. Brasília: UFPB, 1984.

ARAGÃO, M. S.; PEREIRA, M. N. Atlas linguístico do Rio Grande do Norte: um projeto em desenvolvimento In: AGUILERA, V. A. (Org.). A geolinguística no Brasil: trilhas seguidas, caminhos a percorrer. Londrina: UEL, 2005, p. 285-298.

AURÉLIO, R. P. Os falares da Bahia e do Espírito Santo: implicações sob os aspectos dialetológicos. 2012. 132 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Universidade Federal do Espírito Santo: Vitória, 2012.

BARBOSA, M. Atlas linguístico e etnográfico de Alagoas [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por vanderci@uel.br em 27 abr. 2014.

BEHR, M. Jalapão: patrimônio natural e cultural tocantinense. In: CAVALCANTE, I.; KIMURA, S. (Org.). Vivências e Sentidos: o patrimônio cultural do Tocantins. Goiânia: Iphan, 2008., p.51-68.

BRANDÃO, S. F. A geografia linguística no Brasil. São Paulo: Ática, 1991. (Série Princípios).

BRASIL, M. C. Os fluxos migratórios na Região Norte nas décadas de 70 e 80: uma análise exploratória. Caderno Estudos Sociais, Recife, v. 13, n. 1, p. 61-84, jan./jun. 1997.

BRASIL. Alvará da creação da nova comarca de S. João das Duas Barras, desanexando-a da de Goiaz. In: BRASIL. Código Brasiliense: ou Collecção das leis, alvarás, decretos, cartas regias, &c. promulgadas no Brasil desde a feliz chegada do príncipe regente N. S. a estes estados com hum índice chronologico. 1809. Rio de Janeiro: Impressão Régia. Disponível em: https://archive.org/stream/codigobrasiliens00braz/ codigobrasiliens00braz_djvu.txt. Acesso em: 9 fev. 2015.

BUSSE, S. Um estudo geossociolinguístico da fala do oeste do Paraná. 2010. 284f. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.

CARDOSO, S. A. Geolinguística: tradição e modernidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

CAVALCANTE, I.; KIMURA, S. Mapeamento do patrimônio cultural do Estado do Tocantins. In: CAVALCANTE, I.; KIMURA, S. (Org.). Vivências e Sentidos: o patrimônio cultural do Tocantins. Goiânia: Iphan, 2008, p. 91-159.

CRUZ-CARDOSO, M. L. C. Atlas linguístico do Amazonas – ALAM: a natureza de sua elaboração. In: SIMPÓSIO MUNDIAL DE ESTUDOS DA LÍNGUA PORTUGUESA, 1., São Paulo, 2008. Anais… São Paulo: USP, 2008. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/pdf/slp22/09.pdf. Acesso em: 1 mar. 2014.

CUBA, M. A. Atlas linguístico topodinâmico do território incaracterístico. 2015. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2015.

FEITOSA, A. C. et al. O Atlas linguístico do Maranhão: um projeto em desenvolvimento. Caderno de Pesquisa, São Luís, v. 11, n. 2, p. 9-20, jul./dez 2000.

FERREIRA C.; CARDOSO, S. A dialetologia no Brasil. São Paulo: Contexto: 1984.

FERREIRA, C. Atlas prévio dos falares baianos: alguns aspectos metodológicos. In: AGUILERA, V. A. (Org.). A geolinguística no Brasil: caminhos e perspectivas. Londrina: EDUEL, 1998. p. 15-30.

FERREIRA, J. P. Enciclopédia dos municípios brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1958. v. XXXVI.

GARCIA MOUTON, P. Dialetologia y geografía lingüística. In: ALVAR, M. (Dir.) Manual de Dialectología Hispânica: el español de España. Barcelona: Ariel, 1996. p. 63-77.

GONZÁLEZ, M. Metodología de los atlas lingüísticos en España. In: CONGRESO INTERNACIONAL DE DIALECTOLOGÍA, 7., 1992, Bilbao. Actas… Bilbao: Real Academia de la Lengua Vasca: 1992. Disponível em: www.euskaltzaindia.net/dok/ ikerbilduma/51331.pdf. Acesso em 4 mar. 2014. p. 151-177 [1-27].

HALUM, C. Municípios tocantinenses: suas origens, seus nomes. Palmas: Provisão, 2008.

IBGE. Cidades: Tocantins. 2010. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?lang=&coduf=17&search=tocantins. Acesso em: 20 fev. 2016.

IBGE. Sinopse do Censo Demográfico de 2010. 1.8 Populações nos Censos Demográficos, segundo as grandes regiões, as Unidades da Federação e situação do domicilio 1960/2010. Disponível em http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=8. Acesso em: 20 fev. 2016.

KOCH, W.; KLASSMANN, M; ALTENHOFEN, C. Atlas Linguístico Etnográfico da Região Sul do Brasil (ALERS). Porto Alegre; Florianópolis; Curitiba: Ed. UFRGS; Ed. UFSC; Ed. UFPR, 2002. v. 1, v. 2.

LESSA, L. G. Atlas etnolinguístico do Acre – ALAC. Revista Philologus, ano 7, nº. 20, p. 75-84, maio/ago. 2007. Disponível em: http://www.filologia.org.br/rph/ANO07/20/007.pdf. Acesso em: 1 mar. 2014.

LIMA, José Leonildo; TAMANIN, Cássia Regina; CARDOS, Valéria. Procedimentos metodológicos do ALiMAT: o documentador, o informante e a entrevista. Ecos, ed. 009, junho de 2010, p. 209-219.

MATTOS, R. J. C. Chorographia história da província de Goiyaz. Goiânia: Líder, 1979.

MILANI, S. E. Projeto construção do acervo audiovisual da língua falada em Goiás e execução do Atlas linguístico de Goiás – ALINGO. Laboratório da Língua de Goiás. 2012. Disponível em: http://www.labolinggo.letras.ufg.br. Acesso em: 1 mar. 2014.

MONTES GIRALDO, J. J. Dialectología general e hispanoamericana: orientación teórica, metodológica y bibliográfica. Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1987.

MOTA, J. Atlas linguístico de Sergipe. In: AGUILERA, V. A. (Org.). A Geolingüística no Brasil: caminhos e perspectivas. Londrina: EDUEL, 1998, p. 79-98.

MOTA, J. O Projeto Atlas Linguístico do Brasil: uma visão crítica da metodologia utilizada. ABRALIN, v. 8, n. 1, p. 149-162, jan./jun. 2009. Disponível em: http://www.abralin.org/site/data/uploads/revistas/2009-vol-8-n-1/jacyramota.pdf. Acesso em: 4 mar. 2014.

NASCENTES, A. Bases para a elaboração do Atlas linguístico do Brasil. Rio de Janeiro: MEC, 1958.

OLIVEIRA, D. P. Atlas linguístico do Mato Grosso do Sul. Campo Grande: UFMS, 2007.

PALACÍN, L.; MORAES, M. A. de S.. Pelos caminhos do desenvolvimento de Goiás. 6. ed. Goiânia: Editora da UCG, 2008.

PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO CONTATUAL DAS MINORIAS ALEMÃS NA BACIA DO PRATA (ALMA-H). 2011. Disponível em: http://www.ufrgs.br/projalma. Acesso em: 15 fev. 2015.

PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL. In: REUNIÃO DO COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALIB, 1, 1997, Maceió. Atas… Maceió, 11 e 12 de março de 1997. (Fotocopiada – Circulação Restrita).

PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL. In: REUNIÃO DO COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALIB, 2, 1997, Belo Horizonte. Atas… Belo Horizonte, 13 e 14 de julho de 1997b. Não paginado. (Fotocopiada – Circulação Restrita).

RADTKE, E.; THUN, H. Nuevos caminos de la geolinguística románica: un balance. In: RADTKE, E.; THUN, H. (Org.). Neue Wege der Romanischen Geolinguistik: Akten des Symposiums Empirischen Dialektologie. Kiel: Westensee-Verlag, 1996. p. 25-49.

ROMANO, V. P. Balanço crítico da Geolinguística brasileira e a proposição de uma divisão. Entretextos. 13, nº 2, 2013, p. 1-41.

ROSSI, N. Atlas prévio dos falares baianos, Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1963.

SANTOS-IKEUCHI, A. R. Atlas linguístico topodinâmico do oeste do estado de São Paulo. 374 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014.

SILVA NETO, S. Guia para estudos dialectológicos. Belém: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 1957.

TELES, I. M. Falares e aspectos culturais de Rondônia: a importância dos estudos sociolinguísticos, fonéticos e dialetológicos. SIGNUM. v. 12, n  1, p. 385-402, 2009. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/4201/4610. Acesso em: 1 mar 2014.

THUN, H. La geolingüística como lingüística variacional general (con ejemplos del Atlas lingüístico diatópico y diastrático del Uruguay). In: INTERNATIONAL CONGRESS OF ROMANCE LINGUISTICS AND PHILOLOGY, 21, 1995, Palermo. Proceedings… Tübingen: Niemeyer, 1998. p. 701-729.

THUN, H. O português americano fora do Brasil. In: GÄRTNER, E.; HUNDT, C.; SCHÖNBERGER, A. (Org.). Estudos de geolinguística do português americano. Frankfurt am Main: TFM, 2000. p. 185-227.

VENY, J. Introducción a la dialectologia catalana. Barcelona: Biblioteca Universitária, 1986.

ZÁGARI, M. R. L et al. Esboço de um Atlas linguístico de Minas Gerais. Rio de Janeiro: MEC, 1977.




DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.25.1.244-275

Refbacks

  • There are currently no refbacks.
';



Copyright (c) 2017 REVISTA DE ESTUDOS DA LINGUAGEM

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

e - ISSN 2237-2083 

License

Licensed through  Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional