A alcunha galego no português de Santa Catarina: o que revelam os dados do ALERS / Galego as a Nickname in the Portuguese of Santa Catarina: Findings from ALERS

Fernando Hélio Tavares de Barros, Lucas Löff Machado, Grasiela Veloso dos Santos Heidmann, Neusa Inês Philippsen

Abstract


Resumo: É conhecida a figura dos galegos no folclore luso-brasileiro. A língua através de suas diversas expressões reflete a Galícia e seus habitantes na memória coletiva dos luso-brasileiros, mesmo que de maneira opaca. O objetivo deste estudo é descrever o uso da alcunha galego no português falado no Estado de Santa Catarina - SC, no sul do Brasil. As perspectivas da onomástica e da geolinguística delineiam as bases teóricas dessa investigação. Por meio dos dados levantados e disponibilizados pelo Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil - ALERS, foi possível analisar a pergunta “pessoa que tem cabelos loiros e tez clara, dizemos que é?” (Questionário 3.3.3 - ALERS). O levantamento lexicográfico dessa forma lexical revelou inicialmente uma diversidade de conteúdos semânticos tanto na Península Ibérica quanto na România Nova. O uso de galego em SC permeia duas importantes áreas geográficas de assentamento luso: a primeira no litoral, conhecida como zona açoriano-catarinense, marcada pela influência da imigração açoriana e a segunda historicamente descrita como rota de passagem de tropeiros e de influência paulista. Encravadas entre essas duas áreas estão as regiões coloniais, majoritariamente, italianas, alemãs e eslavas, para onde o uso da forma galego foi difundido. A acepção “pessoa de cabelos loiros” foi a de maior frequência. A hipótese é que sua origem seja resultado das diferenças fisionômicas entre as regiões sul e norte de Portugal. A carga semântica também poderia ser reflexo da situação dos galegos da Galiza em status de minoria e diáspora em Portugal, considerando-se os seus traços físicos como motivação denominativa.

Palavras-chave: geolinguística; antroponímia; léxico; galego; Santa Catarina/Brasil.

Abstract: The figure of galegos (Galicians) is well known in the Luso-Brazilian folklore. The Portuguese language reflects, although at times opaquely, how Galicia and its inhabitants are collectively perceived by Brazilians. This study aims to describe the use of the nickname galego in the Portuguese spoken in the southern Brazilian state of Santa Catarina (SC). Onomastics and geolinguistics will provide the theoretical framework for it. The Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil –ALERS included the question “how do you call a pale-skinned person with blonde hair?” (question 3.3.3 - ALERS), whose answers will be here discussed. The lexicographical analysis of the term initially revealed semantic diversity, both in the Iberian Peninsula and in the Romania Nova. The use of galego in SC is spread across two important geographical areas of lusophone settlement: the first one is known as Azorian-Catarinense, in this coastal area immigrants from the Azores settled down leaving a deep influence; the second one has been historically under São Paulo’s influence, since it served as a pass route for cowboys. The use of the term galego was finally spread into the colonial regions (mostly of Italian, Slavonic and German origins), that developed between both regions. The term was mostly applied with the meaning “blonde-haired person”. Our hypothesis is that such meaning originated from the different physical features of the inhabitants of southern and northern Portugal. The semantic loan may also reflect the minority status of Galicians in Portugal, their physical aspect being what would have triggered such denomination.

Keywords: geolinguistics; anthroponymy; lexicon; Galician; Santa Catarina/Brazil.

 

Keywords


geolinguistics; anthroponymy; lexicon; Galician; Santa Catarina/Brazil.

References


ALTENHOFEN, C. V.; KLASSMANN, M. S. (Org.). Atlas Linguístico-etnográfico da Região Sul do Brasil – ALERS: cartas semântico-lexicais. Porto Alegre: Editora da UFRGS; Florianópolis, Ed. UFSC, 2011.

ALTENHOFEN, C. V. Áreas linguísticas do português falado no sul do Brasil: um balanço das fotografias geolingüísticas do ALERS. In: VANDRESEN, P. (Org.). Variação e mudança no português falado na Região Sul. Pelotas: EDUCAT; Editora da Universidade Católica de Pelotas, 2002. p. 115-145.

AMORIM GIRÃO, A. Geografia de Portugal. 3. ed. Porto: Portucalense Editora, 1960.

ASSO, J. P. Nuevo diccionario etimológico aragonés: voces, frases y modismos usados en el habla de Aragón. Zaragoza: Gara d’Edizions, 2002.

BARROS, V. F.; GUERREIRO, L. M. Dicionário de Falares do Alentejo. Porto: Campo das Letras, 2005.

BARROS, V. F. Dicionário do falar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Lisboa: Âncora Editora; Edições Colibri, 2006.

BARROS, V. F. Dicionário de Falares das Beiras. Lisboa: Âncora Editora; Edições Colibri, 2010.

BEALS, R. L.; HOIJER, H. An introduction to Anthropology. 3 ed. Toronto; Canadá: The Macmillan Company; 1965.

BEIRANTE, M. Â. Onomástica galega em duas cidades do Sul de Portugal: Santarém e Évora. Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa, n. 6, p. 103-110, 1992. Disponível em: https://run.unl.pt/handle/10362/6698. Acesso em: 6 nov. 2017.

BLUTEAU, R. Vocabulario Portuguez e Latino. Coimbra; Lisboa: Lisboa Colégio das Artes; Pascoal da Sylva, Joseph Antonio da Sylva, Patriarcal Officina da Musica, 1712-1728. Consulta feita no Corpus Lexicográfico do Português. Disponível em: http://clp.dlc.ua.pt/DICIweb/default.asp?url=Concordancias. Acesso em: 11 set. 2017.

BORBA, F. S. Dicionário de usos do Português do Brasil. 1. ed. São Paulo: Ática, 2002.

BRITO, M. F. A. S. C. P. A alcunha: configuração linguística de um continuum afectivo (observação de uma micro-sociedade de tipo clânico). Revista Hvmanitas, Coimbra, v. L, n. 50, Tomo II, p. 835- 866, 1998. Disponível em: https://www.uc.pt/fluc/eclassicos/publicacoes/ficheiros/humanitas50/48.2_Carvalho_Brito.pdf. Acesso em: 19 set. 2017.

CABRAL, T. Dicionário de termos e expressões populares. Fortaleza: Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará, 1972.

CÂMARA; B. A. D. O “retalho” do comércio: a política partidária, a comunidade portuguesa e a nacionalização do comércio a retalho, Pernambuco 1830-1870. 2012. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.

CÂMARA CASCUDO, L. Ensaios da etnografia brasileira (Pesquisas na cultura popular do Brasil). Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1971.

CAÑADA, S. Gran enciclopédia galega. Lugo: El Progreso; Diario de Pontevedra, ca. 2003.

CARDOSO, J. Hieronymi Cardosi Lamacensis Dictionarium ex lusitanico in latinum sermonem. Coimbra: João Álvares, 1510-1569. Consulta feita no Corpus Lexicográfico do Português. Disponível em: http://clp.dlc.ua.pt/DICIweb/ LerFicha.asp?Edicao=4&Posicao=59671. Acesso em: 11 set. 2017.

CARVALHINHOS, P. J. As origens dos nomes de pessoas. Domínios de lingu@gem: Revista Eletrônica de Lingüística, Ano 1, n. 1, 1º Semestre 2007.

CASARES, J. Diccionario ideológico de la lengua española. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1942.

CASTELEIRO, J. M. (Cord.). Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea. Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa; Editorial Verbo, 2001. 2 v., 3809 p.

CHUCHUY, C.; BOUZO, L. H. Nuevo Diccionario de Americanismos Tomo II: Nuevo Diccionario de Argentinismos. Santafe de Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1993.

CLEROT, L. F. R. Vocabulário de termos e gíria da Paraíba: estudo de Glotologia e Semântica Paraibana. Rio de Janeiro: [s. n.], 1959.

COSTA, J. R. M. O livro dos provérbios portugueses. Lisboa: Editorial Presença, 1999.

CRUZ, M. A. A. Diccionario temático: americanismos. Léon: Editorial Everest, 1888-1980.

DAL CORNO, G. O. M. Léxico e identidade regional nas comunidades da antiga rota dos tropeiros. In: ENCONTRO DO CELSUL, IX, 2010, Palhoça. Anais... Palhoça: Universidade do Sul de Santa Catarina, 2010. p. 1-9.

DICCIONARIO DE LA LENGUA ESPAÑOLA (DEL) de la Real Academia Española (RAE). Disponível em: http://dle.rae.es/index.html. Acesso em: 18 set. 2017.

DICCIONARIO DEL HABLA DE LOS ARGENTINOS. 2. ed. Buenos Aires: Enecé Editores; Academia Argentina de Letras, 2008.

EÇÃ, J. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa: Gab-Heh; Editorial Enciclopédia Limitada, 1944-1945. v. 12.

ESTRAVÍS, I. A. Dicionário da Língua Galega: Madrid: Alhena Ediciones, 1986. Tomo II.

FERRAZ, L. P. P. “Deus te leve a Pernambuco”: antilusitanismo, legislação e estatística na história da imigração portuguesa para Pernambuco (1945-1964). 2014. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014.

FERREIRA, C. et al. (Org.). Atlas Linguístico de Sergipe (ALS). Salvador: UFBA/Instituto de Letras; Fundação Estadual de Cultura de Sergipe, 1987.

FILIPAK, F. Dicionário sociolinguístico paranaense. Curitiba: Imprensa Oficial, 2002.

FURLAN, O. A. Aspectos da influência açoriana no português do Brasil em Santa Catarina. In: PEREIRA, Cilene da Cunha; PEREIRA, Paulo Roberto Dias (Org.). Miscelânia de estudos linguísticos, filológicos e literários in memoriam Celso Cunha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 165-186.

FURLAN, O. A. 250 anos de influência açoriana no português do Brasil. Revista Ágora, Florianópolis, v. 13, n. 27: 1998a. Disponível em: https://agora.emnuves.com.br/ ra/article/view/190/pdf. Acesso em: 19 nov. 2017.

FURLAN, O. A. Influência dos Açores no português do Brasil, 250 anos depois. Revista Insulana, Ponta Delgada, Açores, v. LIV, p. 23-51, 1998b.

FURLAN, O. A. O português dos catarinenses de ascendência luso-brasileira comparado com o português europeu. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, BA, n. 5, p.227-253, dez. 1986.

GUIMARÃES DA SILVA, F. A. Dicionário da ilha: falar e falares da ilha de Santa Catarina. Florianópolis: Cobra Coralina, 1994.

HAENSCH, G.; WERNER, R. Diccionario del español de Cuba. Madrid: Editorial Gredos, 2000.

HOLANDA FERREIRA, A. B. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro, 1986.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Mapas político-administrativos regionais. Base de dados de 2010. Disponível em: https://mapas.ibge.gov.br/politico-administrativo/regionais. Acesso em: 22 fev. 2018

KREMER, D. Antroponímia e Toponímia: sobre alguns autores de referência e desideratas. Actas Sarmiento, p. 719-727, 2006.

KOCH, W.; ALTENHOFEN, C. V.; KLASSMANN, M. S. (Org.). Atlas Linguístico-etnográfico da Região Sul do Brasil – ALERS: cartas fonéticas e morfossintáticas. 2. ed. Porto Alegre; Florianópolis: Editora da UFRGS; Ed. UFSC, 2011.

KOCH, W. O povoamento do território e a formação de áreas linguísticas. In: GÄRTNER, E.; HUNDT, C.; SCHÖNBERGER, A. (Ed.). Estudos de geolinguística do português americano. Frankfurt am Maim: TFM, 2000. p. 55-69.

LARA, L. F. Diccionario del español de México. México: El Colegio de México; Centro de Estudos Linguísticos y Literarios, D.F, 2010.

LAUTENSACH, H. Geografia da população. In: RIBEIRO, O. A.; LAUTENSACH, H.; DAVEAU, S. Geografia de Portugal: o povo português. Lisboa: Edições Joao Sá da Costa, 1989.

LEITE DE VASCONCELLOS, J. L. Antroponímia portuguesa: tratado comparativo da origem, significação, classificação, e vida do conjunto dos nomes próprios, sobrenomes, e apelidos, usados por nós desde a idade média até hoje. Lisboa: Imprensa Nacional, 1928.

LEITE DE VASCONCELOS, J. L. Etnografia portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional, 1958. v. IV.

LEITE DE VASCONCELOS, J. L. Revista Lusitana. Porto: Livraria Portucalense, 1890-1892. v. II.

MONES, U. Nuevo Diccionario de Americanismos Tomo III: Nuevo Diccionario de Uruguayismos. Santafe de Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1993.

MORÍNIGO, M. A. Diccionario del Español de América. Madrid: Anaya & Mario Muchnik, 1993.

NASCENTES, A. Tesouro da fraseologia brasileira. 2. ed. São Paulo: Livraria Freitas Bastos, 1966.

NEVES, A. N. Diccionario de Americanismos. Buenos Aires: Editorial Sopena, 1973.

NIETO JIMÉNEZ, L; ALVAR EZQUERRA, M. Nuevo tesoro lexicográfico del español (s. XIV-1726). Madrid: Editorial Arco Libros, 2007. v. 6 G-K.

NUNES, N. N.; KREMER, D. Antroponímia primitiva da Madeira e repertório onomástico histórico da Madeira século (XV e XVI). Tübingen: Niemeyer, 1999.

NUNES, Z. C.; NUNES, R. C. Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1993.

OLIVEIRA, Alberto J. Dicionário gaúcho: termos, expressões, adágios, ditados e outras barbaridades. 2. ed. Porto Alegre: Editora AGE, 2003.

ORTÊNCIO, W. B. Dicionário do Brasil central: subsídios à Filologia, linguagem, usos e costumes, folclore, toponímia dos municípios goianos. São Paulo: Ática, 1983.

PENA, X. A. et al. Gran diccionario século 21 da lingua galega. Vigo: Editorial Galaxia, 2005.

PEREIRA, B. Thesouro da língua portugueza. Évora: Tipografia da Academia, 1697. Consulta feita no Corpus Lexicográfico do Português. Disponível em: http://clp.dlc.ua.pt/DICIweb/default.asp?url=Concordancias&tipo=formpalavra&palavra=209732. Acesso em: 11 set. 2017.

PETRUCCELLI, J. L. (Org.). Auto identificação, identidade étnico-racial e hétero classificação. In: PETRUCCELLI, J. L.; SABOIA; A. L. (Org.). Características étnico raciais da população: classificações e identidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. p. 31-50.

PIRES, M. Pequeno vocabulário mirandês-português. Miranda do Douro: Câmara Municipal de Miranda do Douro, 2004.

PLAGER, F. Diccionario integral del español en la Argentina. 1 ed. Buenos Aires: Voz Activa, 2008.

POLANAH, L. O estudo antropológico das alcunhas. Revista Lusitana (Nova Série), Universidade do Minho, v. 7, p. 125-145, 1986.

QUESADA PACHEDO, M. A. Nuevo diccionario de costarriqueñismos. Cartago: Editorial Tecnológica de Costa Rica, 1991.

RAMOS, F. M. Alcunhas alentejanas: estudo etnográfico. Monsaraz: s. n., 1990.

RAMOS, F. M.; SILVA, C. A. da. Tratado das Alcunhas Alentejanas. Lisboa: Arte Mágica, 2003.

REYES, J. M.; REYES TABORGA, I. M. Diccionario de bolivianismos y semántica boliviana. 1. ed. La Paz: Librería Editorial Juventud, 1982.

RIBEIRO, O. A formação de Portugal. 1. ed. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1987.

ROMERO, M. Diccionario de salvadoreñismos. 2. ed. El Salvador: Editorial Delgado, 2005.

SARAMAGO, J.; SEGURA, L.; VITORINO, G.; BARROS FERREIRA, M. Atlas Linguístico-Etnográfico dos Açores (ALEAç). 2012. Disponível em: http://www.culturacores.azores.gov.pt/alea/. Acesso em: 18 set. 2017.

SERAINE, F. Dicionário de Termos Populares registrados no Ceará.

s. l.: Organização Simões; Editora Rio, 1958.

SILVA NETO, S. Guia para estudos dialectológicos. 2. ed. Belém: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, 1958.

SIMÕES, G. A. Dicionário de expressões populares portuguesas: arcaísmos, regionalismos, calão e gíria, ditos, frases feitas, lugares comuns, aportuguesamentos, estrangeirismos e curiosidades da linguagem. Lisboa: Perspectivas e realidades, 1984.

SIMÕES, T. S. B. Dicionário do falar raiano de Marvão. 1. ed. Lisboa: Edições Colibri, 2016.

TABOADA, J. La descalificación de Galicia en la Literatura y en el pueblo. Douro Litoral, Porto, v. 6, n. 7-8, p. 105-127, 1955.

TAVARES DE BARROS, F. H.; LÖFF MACHADO, L.; PHILIPPSEN, N. I. Alcunhas e (i)migração no sul da Amazônia Meridional. Revista Organon, Porto Alegre, UFRGS, v. 32, p. 1-15, n. 62, 2017.

THUN, H. Pluridimensional cartography. In: LAMELI, A.; KEHREIN, R.; RABANUS, C. (Ed.). Language mapping. Berlin: de Gruyter Mouton, 2010. p. 506-523.

VIARO, M. E. Etimologia. São Paulo: Editora Contexto, 2011.




DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.26.3.1227-1276

Refbacks

  • There are currently no refbacks.
';



Copyright (c) 2018 Fernando Hélio Tavares de Barros, Lucas Löff Machado, Neusa Inês Philippsen, Grasiela Veloso dos Santos Heidmann

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

e - ISSN 2237-2083 

License

Licensed through  Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional