Aggression as impoliteness in a Facebook discussion about class discrimination in a Brazilian university / Agressão como descortesia em uma discussão no Facebook sobre discriminação de classe em uma universidade brasileira
Abstract
Abstract: This paper exemplifies the use of aggression as impoliteness in computer-mediated, or digital communication in Brazilian Portuguese, while looking into the performance of such linguistic actions in the context of a discussion about class discrimination. Specifically, it investigates the relationship between linguistic aggression as impoliteness, and identity as observed in a Facebook campaign page about a Brazilian university. The page under consideration was devised as an open platform to disseminate and call attention to examples of discriminatory behaviors experienced by students from peripheric communities attending an elite university in Rio de Janeiro. These students were at the center of a controversy, as they were supposedly brought to this institution through social programs promoted by the previous, leftist oriented governments. This paper examines the use of linguistic aggression as impoliteness, such as name calling and overt disagreement (Lorenzo-Dus; Blitvich; Bou-Franch, 2011), to communicate different opinions about, or argue against, the perceived instances of discrimination supplied by the students in the campaign and subsequently discussed by the participants in their posts. These impoliteness strategies ratify identities in the context of the discussion, marking in and outside group members, as the participants 1) align against, or 2) justify, the described behaviors.
Keywords: aggression; impoliteness; identity; narrative; discrimination; Facebook; digital communication.
Resumo: Este artigo exemplifica o emprego de agressão como descortesia na comunicação mediada, ou digital, no português brasileiro, observando-se o desempenho de tais ações linguísticas no contexto de uma discussão sobre discriminação de classe. Especificamente, investiga-se a relação entre agressão linguística como descortesia e identidade tal como observada em uma campanha em uma página do Facebook sobre uma universidade brasileira. A página sob consideração foi projetada como uma plataforma aberta para disseminar e chamar a atenção para exemplos de comportamentos discriminatórios vivenciados pelos estudantes de comunidades periféricas frequentando uma universidade de elite no Rio de Janeiro. Os membros desta comunidade estudantil estavam no centro de uma controvérsia, por supostamente terem sido admitidos na instituição por meio de programas sociais promovidos por governos anteriores, de tendência esquerdista. Este artigo examina o uso de agressão linguística como descortesia, tais como chamar nomes, i.e., dirigir-se a alguém empregando termos insultuosos, e discordar diretamente (Lorenzo-Dus; Blitvich; Bou-Franch, 2011), para comunicar diferentes opiniões sobre, ou argumentar contra, as percebidas instâncias de discriminação supridas pelos estudantes na campanha e subsequentemente discutidas pelos participantes nas suas postagens. Estas estratégias de descortesia ratificam as identidades no contexto da discussão, marcando membros e não-membros do grupo, na medida em que os participantes 1) alinham-se contra, ou 2) justificam os comportamentos descritos.
Palavras-chave: agressão; descortesia; identidade; narrativas; discriminação; Facebook; comunicação digital.
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