Ensino de línguas: passado, presente e futuro

Vilson Leffa

Abstract


O texto descreve as tendências históricas do ensino de línguas,envolvendo as mudanças no conceito de língua, na metodologiade ensino, no papel do professor e as relações que se estabelecementre esses três componentes. Em relação à língua, mostra odesenvolvimento de uma ênfase histórica no código, queposteriormente evolui para uma ênfase no sentido e chega à ideiade língua como ação. Em termos de metodologia, descreve amudança que ocorreu entre o conceito de método, visto comosolução universal, para o conceito de pós-método, com ênfase nocontexto de aprendizagem. Finalmente, em relação ao professor, otexto mostra como seu papel tem mudado à medida que mudamos conceitos de língua e de método, passando da subordinação aométodo para o exercício da autonomia.

Keywords


Ensino de línguas; Objetivos de aprendizagem; Pós-método.

References


ABAR, C. A. A. P.; BARBOSA, L. M. Webquest um desafio para o professor: uma solução inteligente para o uso da internet. São Paulo: Avercamp, 2008.

ALMEIDA, M. E. B. de. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2002.

ASHER, J. Learning another language through actions: the complete teacher’s guidebook. 2. ed. Los Gatos, CA: Sky Oaks Productions, 1982.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos Temas Transversais. Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. v. 1. p. 85-124.

BRASIL. Guia de livros didáticos: PNLD 2012: Língua Estrangeira Moderna. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2011.

CLARK, A. Being there: putting brain, body and world together again, Cambridge: MIT Press, 1997.

COPE, B.; KALANTZIS, M. Multiliteracies: new literacies, new learning. Pedagogies: An International Journal, v.4, n. 1, p.164-195, 2009.

CURRAN, C.A. Counseling-learning in second language. East Dubuque, IL: Counseling-Learning Publications, 1976.

DÊ ADEUS ao mouse. Zero Hora, Porto Alegre, 30 de maio, 2012. ZH Digital, p. 1.

DILLER, K. C. The language teaching controversy. Rowley, MA: Newbury House, 1978.

EMMECHE, C.; KOPPE, S.; STJERNFELT, F. Explaining emergence: towards an ontology of levels. Journal for General Philosophy of Science, v. 28, n. 1, p. 83-119, 1997.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 1977.

FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. 13. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. 

GATTEGNO, C. Teaching foreign languages in schools: the silent way. 2. ed. New York: Educational Solutions, 1972.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

KAPTELININ, V. Computer-mediated activity: functional organs in social and developmental contexts. In: NARDI, B. (Org.). Context and consciousness: Activity Theory and human-computer interaction. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 1996. p. 45-68.

KELLY, L. G. 25 centuries of language teaching. Rowley, Mas.: Newbury, 1969.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. Trad. Beatriz V. Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Editora Perspectiva, 2005.

KUMARAVADIVELU, B. The postmethod condition: (E)merging strategies for second/foreign language teaching. TESOL Quarterly, v. 28, n. 1, p. 27-48, 1994.

KUMARAVADIVELU, B. Toward a postmethod pedagogy. TESOL Quartely, v. 35, n. 4, p. 537-60, 2001.

KUMARAVADIVELU, B. Beyond methods: macrostrategies for language teaching. New Haven: Yale University Press, 2003.

KUMARAVADIVELU, B. Understanding language teaching: from method to postmethod. Londres: Lawrence Erlbaum Associates, 2006a.

KUMARAVADIVELU, B. TESOL methods: changing tracks, challenging trends. TESOL Quarterly, v. 40, n. 1, p. 59-81, 2006b.

LEFFA, V. J. O ensino do inglês no futuro: da dicotomia para a convergência. In: STEVENS, C. M. T.; CUNHA, M. C. (Org.). Caminhos e colheita: ensino e pesquisa na área de inglês no Brasil. Brasília: Editora UnB, 2003. p. 225-250.

LEFFA, V. J. Como produzir materiais para o ensino de línguas. In: LEFFA, V. J. (Org.). Produção de materiais de ensino: prática e teoria. 2. ed. Pelotas: Educat, 2008a. p. 15-41.

LEFFA, Vilson J. Malhação na sala de aula: o uso do exercício no ensino de línguas. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 8, n. 1, p. 139-158, 2008b.

LEFFA, V. Metodologia do ensino de línguas In: BOHN H. I; VANDRESEN, P. Tópicos em linguística aplicada: o ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: UFSC, 1988. p. 211-236.

LOZANOV, G. Suggestology and suggestopedia. In BLAIR, R.E. (Ed.), Innovative approaches to language teaching. Rowley, MA: Newbury House, 1982, p. 146-159.

MACHADO, N. J. Educação: projetos e valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2000.

MATUSOV, E. Journey into dialogic pedagogy. New York: Nova Science Publishers, 2009.

MATUSOV, E. Authorial teaching and learning. In: WHITE, E. J.; PETERS, M. (Org.). Bakhtinian Pedagogy: opportunities and challenges for research, policy and practice for education across the globe. New York: Peter Lang, 2011. p. 21-46.

MICROSOFT to launch Xbox Kinect in November. The Economic Times, 16 ago. 2010. Disponível em: http://articles.economictimes.indiatimes.com/2010-08-16/news/27569063_1_gaming-market-ps2-gaming-consoles. Acesso em: 30 maio 2012.

MOULTON, W. G. A Linguistic guide to language learning. New York: Modern Language Association of America, 1966.

PRABHU, N. S. There is no best method—why? TESOL Quarterly, v. 24, n. 1, p. 161-176, 1990.

PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de projetos. Gestão Escolar e Tecnologias. 2009. Disponível em: http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto18.pdf. Acesso em: 24 maio 2012.

SANTOS, C. G. dos. Webquest no ensino e aprendizagem do inglês. 2012. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Católica de Pelotas, 2012.

SCHLATTER, M; GARCEZ, P. M. Línguas Adicionais (Espanhol e Inglês). In: RIO GRANDE DO SUL, Secretaria de Estado da Educação, Departamento Pedagógico. (Org.). Referencias curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: linguagem, códigos e suas tecnologias. Porto Alegre: Secretaria de Estado da Educação, Departamento Pedagógico, 2009. v. 1, p.127-172.

SCHLATTER, M; GARCEZ, P. M. Línguas Adicionais na escola: aprendizagens colaborativas em inglês. Erechim: Edelbra, 2012.

SCHÖN, D. A. Formar Professores como Profissionais Reflexivos. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Don Quixote, 1995.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 14. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2005.

TITONE, R. Teaching foreign languages: an historical sketch. Washington: Georgetown University Press, 1968.

TRIP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 3, p. 443-466, 2005.

VETROMILLE-CASTRO, R. A interação social e o benefício recíproco como elementos constituintes de um sistema complexo em ambientes virtuais de aprendizagem para professores de línguas. 2007. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.

VOLTAIRE. Candide: ou, L’optimisme; édition critique avec une introd. et un commentaire par André Morize. [S.l.: s.n.], 1931.

WIDDOWSON, H.G. Teaching language as communication. Oxford: Oxford University Press, 1978.

YONEKURA, H. Foreign language teaching methods: a historical sketch. Bull. Nara Univ. Educ., v. 3, n. 1, p. 19-30, 1984.




DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.20.2.389-411

Refbacks

  • There are currently no refbacks.
';



Copyright (c)



e - ISSN 2237-2083 

License

Licensed through  Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional