Por Elise: sobriedade épica, respiração lírica, grito dramático

Flávia Almeida Vieira Resende

Resumo


Este artigo analisa o texto dramatúrgico e espetacular da peça Por Elise (2005), escrita porGrace Passô e representada pelo Grupo Espanca!, de Belo Horizonte, como um exemplo dedramaturgia contemporânea produzida no Brasil, a fim de entender características dessetipo de produção. Entendemos que a peça, ao apresentar, em sua composição, elementosdos três gêneros clássicos – épico, lírico e dramático –, traz uma relação de tradição eruptura, já que perpassa e ultrapassa esses gêneros. Nesse sentido, buscamos analisar emPor Elise quais as características nos permitem defini-la como uma obra que rompe fronteirasdo drama moderno, que estabelece novas relações entre atores e plateia, perpassa os váriosgêneros, mas que ainda mantém uma relação com um fio condutor, com uma base desentidos, que permite que o espectador entre na composição de significados tendo pistasmais concretas, imagens mais reconhecíveis. A base de sentidos seria justamente essamistura dos conhecidos gêneros épico, lírico e dramático, além das imagenscontemporâneas ao imaginário do espectador, que seriam facilmente reconhecíveis por ele.

Palavras-chave


Gêneros clássicos; Teatro contemporâneo; Teatro pós-dramático; Grupo Espanca!.

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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2317-4242.3.0.451-470

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Revele: Revista Virtual dos Estudantes de Letras
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