Em breve cárcere ou a subjetividade conquistada pela palavra

Dayane Campos da Cunha Moura

Resumo


Neste artigo, analisamos as relações entre atividade escritural e conformação da subjetividade feminina a partir da leitura do romance Em breve cárcere, da escritora argentina Sylvia Molloy. A narrativa, predominantemente em terceira pessoa, centra-se na reconstrução das experiências vividas pela protagonista, das descobertas e perdas apreensíveis fugazmente pelo gesto doloroso, mas necessário, da escrita. Para tanto, tentaremos cartografar os caminhos dessa memória especular atravessada pelo onírico, que revela temores e desejos de uma subjetividade fabricada na solidão de um cômodo-metáfora. Mobilizaremos alguns conceitos de Pierre Bourdieu, presentes em A dominação masculina (1998), bem como refletiremos sobre o lugar da “mulher-que-escreve” a partir das considerações que Virginia Woolf tece no ensaio intitulado “Um teto todo seu” (1929).

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.24.3.11-25

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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