Vozes da memória: a supraliteratura Svetlana Aleksiévitch

Júlia de Campos Lucena

Resumo


A escritora bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, vencedora do prêmio Nobel de Literatura em 2015, inaugura uma nova estética literária — um novo gênero em que autor e coletividade dividem a autoria de um “romance mosaico”. Seus livros são compostos de breves histórias particulares, monólogos reflexivos e testemunhos coletivos de momentos tão extremos da experiência humana que só convencem porque sabemos reais. Trata-se da realidade enquanto gênero literário. Pretende-se, neste artigo, analisar essa reelaboração literária da memória proposta por Svetlana a partir da obra Vozes de Tchernóbil; refletir sobre como ela toca o modelo historiográfico proposto por teóricos como Walter Benjamin e Dominick Lacapra; além de elaborar, brevemente, o gênero literário que dá suporte a esse empreendimento, e que se pretende inaugural na estética do testemunho: o Romance de Vozes.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.26.2.187-201

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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