Memórias de Carolina: revisão histórica e contestação política em Diário de Bitita (1982/86)
Resumo
A escritora mineira Carolina Maria de Jesus é reconhecida por seu trabalho autobiográfico, sobretudo, na obra Quarto de Despejo: Diário de uma favelada, que a colocou no circuito literário paulistano e brasileiro na década de 60. O gênero percorreu a carreira da autora até seu último livro, publicado postumamente em 1982 na França, e 1986 no Brasil, intitulado Diário de Bitita. Bitita era o apelido de infância de Jesus e é a ela que pertence este diário. O foco do presente artigo é, pois, na análise desta obra escrita durante os anos finais de vida da autora, com intuito de revelar que além do evidente uso das escritas de si, esta narrativa transpõe o universo da experiência pessoal e, ao estilo Guattari e Deleuze de “literatura menor” mistura presente e passado, história, meta-memória e literatura a fim de questionar a conservação do sistema político e da condição da população negra no Brasil.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.26.2.113-126
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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)
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