Veiga: alegorias da urbanização e industrialização do Brasil Central
Resumo
José J. Veiga, jornalista e autor de ficção goiano, empregou o discurso alegórico para denunciar a progressiva transformação do espaço interiorano e dos modos de vida sertanejos no Brasil do século XX. Em seus romances e contos estão presentes as figuras das fábricas e das rodovias, que levam destruição às pequenas cidades caipiras imaginadas a partir do ponto de vista infantil. Os espaços das cidadezinhas — quando tomados pela modernização — são, para o autor, lugares de um devir-ruína, onde se cultivarão a melancolia e o luto. Neste artigo, pensamos os fatos históricos ocorridos no Brasil Central durante a infância de Veiga e o período em que o autor compôs sua obra — como a fundação das cidades planejadas de Goiânia e Brasília, a industrialização, a expansão do sistema viário e o êxodo rural — com o objetivo de mobilizarmos a literatura de ficção como acervo de pesquisa histórica e desenvolvermos novas leituras críticas em torno das alegorias veigueanas.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.27.1.116-136
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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)
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