A Maçã no Escuro, de Clarice Lispector: o silêncio, o informe e a pulsão selvagem

Fabrício Lemos da Costa

Resumo


RESUMO: Este artigo tem como objetivo abordar a crise da representação no romance A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977), perfazendo-se por meio das tópicas do silêncio, do informe e da pulsão selvagem. Para isso, apontaremos marcas de um drama da linguagem na narrativa, de acordo com o projeto estético moderno, o qual se desenvolve no conjunto ficcional da autora, isto é, quando a ficção encontra-se no seu limite. Nessa perspectiva, o narrar coloca-se por meio de imagens que evocam o inexpressivo e a desorganização do sujeito. Em nossa reflexão, tais questões evidenciar-se-ão, sobretudo em silêncios que nascem da aproximação entre o personagem Martim e o selvagem. No que tange ao informe associado ao selvagem e ao inexpressivo, dialogaremos principalmente com Georges Bataille (2018) e Evando Nascimento (2012), trazendo-os para pensarmos o significado do silêncio e para buscarmos dar forma ao informe.

 

PALAVRAS-CHAVE: A maçã no escuro, Clarice Lispector, Silêncio, Informe, Selvagem.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.27.3.%25p

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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