Marcela: a voz da personagem feminina como contradiscurso hegemônico em Dom Quixote sob uma leitura bakhtiniana

Paulo Valente

Resumo


Este artigo pretende revisitar o clássico romance de Miguel de Cervantes, O engenhoso fidalgo Dom Quixote de la Mancha (1605; 1615), clássico do século de ouro da literatura em Língua Castelhana, a fim de discutir o papel da personagem Marcela e sua presença como contradiscurso hegemônico ao destino imposto ao gênero feminino naquele contexto. Como obra que pauta a diversidade discursiva, Dom Quixote parece abrir espaço para um novo gênero narrativo, no qual as personagens ganham autonomia e visões particulares de mundo, que, por vezes, chocam-se. Para tanto, introduzimos uma breve discussão acerca do gênero romance em Cervantes e uma retomada do princípio da polifonia em Bakhtin, para chegar a uma análise da voz de Marcela. Retomamos os estudos de Jorge Luis Borges (1968), Mikhail Bakhtin (2002), Luiz Costa Lima (2009), dentre outros.


Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.28.1.395-413

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.