Resumo
Neste texto, aproximando e distanciando as teorias da escrita de Maurice Blanchot e Roland Barthes, trataremos de algumas figurações do silêncio, a saber: o silêncio oriundo da afonia da escrita; o silêncio que nos vem da ausência da coisa, morta pela palavra escrita; o silêncio como vacância e erotismo do texto. Recorreremos, sobremaneira, a: O livro por vir (2016), A parte do fogo (2011) e Uma voz vinda de outro lugar (2011), de Blanchot; O grau zero da escrita (2004), O prazer do texto (2013) e O grão da voz (2004), de Barthes. Com isso, compreendemos que, ao operar como silêncio, a escrita literária abre espaço para a experiência de uma excedência das significações da cultura.