Memória como recurso diegético do drama contemporâneo
Resumo
A proposta analítica que fundamenta o presente artigo é de que a memória se torna um recurso diegético em certa produção dramatúrgica contemporânea. Tomando como referência duas dramaturgias de Newton Moreno, Agreste (Malva Rosa) e Body Art, pretende-se explorar possibilidades de narratividade, seja ela encarada como epicização ou rapsodização, pelo recurso da memória como dispositivo dramatúrgico. Como premissa, entende-se que a memória não é em si apenas conteúdo das peças, mas em especial um elemento instrumental para a formulação dessas estruturas dramatúrgicas. Nesse sentido, as obras em questão são referenciais exemplificadores para a hipótese que ora se delineia, que compreende a estrutura memorialística como formato dramatúrgico em si. No entanto, como elemento inerente à dramaturgia de Moreno, outro elemento estranho ao drama também se torna marcante e que se entrelaça ao épico: o eu lírico.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.28.2.18-29
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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)
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