A construção poética em Vermelho Amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós

Vera Lúcia Bastazin, Cristiane Corsini Lourenção

Resumo


O artigo investiga a construção poética no romance Vermelho Amargo (2017), de Bartolomeu Campos de Queirós, com objetivo de verificar como se dá a produção de sentido do texto a partir de recursos que deslocam o olhar prosaico e automatizado para a experimentação da singularidade e da emoção da arte poética. Para tanto, pretende-se embasar a discussão nos conceitos de desautomatização e de singularização na arte, de acordo com Viktor Chklóvski (1893- 1984). O tempo da narrativa, no texto de Queirós, que se apresenta de forma não linear e fragmentária, à semelhança da memória, remete ao conceito de alternâncias temporais, conforme proposta de Tzvetan Todorov (1939-2017). Singularização e alternância temporal, por sua vez, serão relacionadas ao conceito de montagem cinematográfica, de Sergei Eisenstein (1898-1948) - procedimento em que o receptor tem papel fundamental. Desse modo, a montagem, que provoca necessariamente tensão e conflito, participa como importante artifício da construção do sentido.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.28.3.132-146

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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