O ARQUIVO EM METAMORFOSE: RICARDO REIS É RECONSTRUÍDO POR SARAMAGO
Resumo
O presente trabalho tem por finalidade sugerir uma hipótese de leitura da obra O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago, a partir da metáfora da ida do escritor ao arquivo, do qual ele recolhe elementos, para usá-los em sua obra. A partir de leituras de autores como Jacques Derrida e Michel Foucault, em Mal de arquivo: uma impressão freudiana e Arqueologia do saber, respectivamente, pretende-se mostrar que o autor não se limita a uma postura passiva frente ao arquivo, mas sempre lhe acrescenta algo. Na obra de Saramago supracitada, tentase mostrar isso mediante o processo de historicização e humanização sofrido pelo heterônimo de Fernando Pessoa. Mediante isso, estende-se a proposta de se repensar a noção de arquivo, conforme já sugerida por Derrida, não sendo este encarado como um “lugar” fechado, mas como uma instância sempre em aberto, sujeita a constantes visitações, modificações e acréscimos.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.14.0.117-122
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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)
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