Querelas de ontem, querelas de hoje: a teoria da literatura como desafio à formação do leitor
Resumo
A oposição entre Estudos Culturais e Teoria da Literatura ficou conhecida na historiografia recente como uma batalha anti-humanista construtivista (FREADMAN & MILLER, 1992); nas instituições de ensino norte-americanas recebeu o título de Guerra Cultural, cuja natureza e repercussão foram comparadas às da Querela francesa do século XVII (DEJEAN, 1997). A análise das consequências desse debate para os estudos literários brasileiros,contudo, ainda não se realizou. É notório que o conflito teórico, no Brasil, afetou não apenas as investigações acadêmicas, mas também as políticas públicas voltadas para a formação do professor de literatura e, consequentemente, as práticas de ensino de leitura literária. A comparação entre os documentos que oficialmente orientam a postura do professor (Parâmetros Curriculares Nacionais de 2000 e 2002 e Orientações Curriculares de 2006) demonstra teoricamente como absorveu-se o debate: o Ensino de Literatura no Brasil entrou em crise. O objetivo deste artigo é alcançar uma pequena amostragem das consequências práticas dessa querela teórica.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.20.3.127-139
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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)
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