OS VÉUS DA ESCRITA AUTOBIOGRÁFICA EM JACQUES DERRIDA
Resumo
Este artigo objetiva fazer uma leitura de algumas figuras do livro Voiles, de Jacques Derrida. As referências à vida marcam toda a retórica desse texto, avizinhando-se do autobiográfico ao comentar um texto supostamente autobiográfico (no caso, a narrativa Un ver à soie, de Hélène Cixous, também contida no livro), acentuando a possibilidade e a impossibilidade desse registro. As cenas que remontam à “verdade” da existência trazem à tona paradoxalmente o limite ficcional que as atravessa. Essa aporia é marcada tanto pela concepção quanto pela dramatização de que em todo texto “existe um segredo”. Porém, como está tematizado em Paixões, o segredo não é de ordem fenomenológica, ou mesmo psicanalítica; não é um fenômeno que possa ser desvendado nem que possa ser desmistificado pelo outro.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.14.0.27-38
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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)
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